No último dia 07 de abril de 2019 corri minha primeira maratona. Que experiência incrível! Foram 4 meses de preparação que incluíram uma série de mudanças, desde alimentares (perdi 12 quilos com a dieta Low Carb) até mesmo na rotina, acordando aos sábados às 4 horas da manhã para fazer os treinos longos. Tudo valeu a pena! Em pleno domingo estava eu lá no centro de Santiago de Chile para correr os 42km da Maratona de Santiago. Eu e mais 33.000 corredores. Ás 8:00 horas da manhã começou o maior teste de resistência física e emocional que eu teria até então em meus 48 anos de idade. Sol forte durante todo o trajeto, clima muito seco e o desgaste natural que a corrida traz à cada km. A corrida foi evoluindo, e a cada km o sonho ia se tornando realidade. 5, 10, 15, 21, 25, 30, 35 km… Cansado mas firme… E aos poucos comecei a sentir o famoso efeito “muro” que é tão falado pelos maratonistas. Por volta dos 30-37 km um cansaço extremo, associado com dor e uma vontade enorme de desistir vai tomando conta do corredor e é nesse momento que muitos desistem. Meu muro aconteceu aos 37km… Estava animado, cansado mas firme, porém as dores que comecei a sentir se transformaram em meu “muro” pessoal. Que dor!!! De repente parecia que os km ficavam mais longos. Sentia minhas pernas fraquejarem, minhas costas doíam, meus pés, minhas coxas… Que dor!!! Cheguei a gemer, gritar e por mais de uma vez passou pela minha mente a vontade de parar para aliviar o sofrimento. Não parei. Continuei firme mesmo dolorido. Foram os 3 km mais sofridos de todo o percurso. Até que, milagrosamente, ao chegar no km 40, a dor sumiu. Sem exageros da minha parte, a dor sumiu totalmente. Estava cansado, exausto, mas se dor. E aí, já na reta final, corri os 2km mais rápidos de toda a maratona. Parecia que estava começando a correr naquele momento. Eu não acreditava no que estava acontecendo… Eu havia vencido a dor e mais do que isso, estava super bem para encerrar a maratona tão sonhada. Valeu a pena superar a dor e não desistir. Uma lição aprendida com isso: a dor não é sinônimo de “está tudo acabado.” A dor não é a linha final mas apenas um momento que a antecede. Resistir à dor é necessário, ainda que momentaneamente pareça impossível. Você pode superar a dor. Pode seguir em frente mesmo com dor. E pode, depois do seu “muro” (seja ele qual for), ter momentos triunfais, fascinantes, maravilhosos da sua vida. Minha principal lição da Maratona de Santiago foi essa: é possível vencer a dor e encerrar a prova. Funcionou para uma maratona, funcionará para vida também.
-
Arquivos
- fevereiro 2024
- janeiro 2024
- dezembro 2023
- novembro 2023
- setembro 2023
- agosto 2023
- julho 2023
- junho 2023
- maio 2023
- abril 2023
- março 2023
- fevereiro 2023
- janeiro 2023
- dezembro 2022
- outubro 2022
- setembro 2022
- junho 2022
- maio 2022
- março 2022
- janeiro 2022
- dezembro 2021
- novembro 2021
- agosto 2021
- julho 2021
- junho 2021
- maio 2021
- abril 2021
- março 2021
- fevereiro 2021
- janeiro 2021
- dezembro 2020
- novembro 2020
- outubro 2020
- setembro 2020
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- março 2020
- fevereiro 2020
- janeiro 2020
- dezembro 2019
- novembro 2019
- outubro 2019
- setembro 2019
- agosto 2019
- julho 2019
- junho 2019
- maio 2019
- abril 2019
- março 2019
- fevereiro 2019
- janeiro 2019
- dezembro 2018
- outubro 2018
-
Meta