Por certo você já ouviu essa expressão que se refere a realizarmos algo “pela metade” ou “de qualquer maneira.” Se existe algo irritante é esse comportamento comum em muitos: realizar as coisas com uma qualidade ou quantidade inferior ao necessário ou previsto. Em vez de esforço máximo, só um pouco de esforço. Em vez de dedicação total, só um pouco de dedicação. Em vez de realizar algo com excelência, realizar de qualquer jeito. De onde vem isso? Possivelmente da cultura cada vez mais comum que criou um “meio termo” entre o péssimo e o excelente e fez dele uma medida razoável. Não é ruim e nem excelente: é meia boca! É médio! É medíocre!
Tal cultura influenciou de modo enorme nosso comportamento profissional e até mesmo os relacionamentos de amizade ou familiares. A excelência foi desaparecendo e com isso pessoas começaram a se doar cada vez menos. E daí surgiram até casamentos “meia boca” ou educação de filhos “meia boca.” Uma das argumentações utilizada com frequência é: “para que me esforçar tanto? Farei o suficiente…” O que não se percebeu é que o ‘suficiente’ acabou se tornando o padrão máximo de entrega ou dedicação. Na verdade, criou-se uma nova excelência que há pouco tempo atrás era mediocridade. E daqui a pouco a mediocridade de agora se tornará a excelência de amanhã e com isso vamos diminuindo cada vez mais a qualidade do que fazemos e por certo chegaremos à situação de darmos o mínimo chamando de máximo.
Não aceite a medida do “meia boca.” Busque a excelência, o melhor, o que supera a média e por isso se destaca. Enquanto muitos dão o mínimo possível dê o máximo. Aplique-se cada vez mais no que faz e em vez de transformar o medíocre em excelente faça o contrário: que o excelente de hoje se torne o medíocre de manhã devido a uma superação constante e cada vez maior.
Guilherme Gimenez
www.prgimenez.net